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Riscos de Explosão – Definição dos Métodos de Proteção (Parte II)

Mediante a existência de riscos potenciais em equipamentos e processos produtivos cuja presença de materiais combustíveis em forma de nuvens de poeira podem resultar em explosões, os métodos de proteção ou mitigação dos efeitos de uma deflagração devem levar em consideração o objetivo da proteção em detrimento a uma série de fatores relacionados ao processo.

Mas como escolher entre a aplicação de um sistema de ventilação da explosão ou um sistema ativo de supressão?

Uma análise técnica criteriosa voltada ao objetivo da proteção contra explosão deve ser feita com base em todas as características presentes no processo e no local onde o equipamento está instalado, cujas variáveis podem determinar o método de proteção mais efetivo.

O roteiro abaixo é uma ferramenta importante para ajudar nesta análise e definição:

Etapa 1: Verificar se o material processado é combustível. Caso não seja um material combustível, não há risco de explosão e nenhuma ação de proteção é necessária.

Etapa 2: Caso o material seja combustível, verificar se o invólucro é suficientemente resistente para suportar a Pmax (pressão máxima de explosão) do produto caso o mesmo venha a explodir. Se esta pressão suportar a Pmax, verificar a existência de interconexões ao invólucro. Caso não haja nenhuma interconexão, nenhuma ação de proteção será necessária.

Etapa 3: Para equipamentos altamente resistentes (que suportem a Pmax), caso haja interconexões ao invólucro, o sistema de isolamento de explosão deverá ser provido (requer válvula EIV).

Etapa 4: Caso o invólucro não suporte a Pmax, será necessário verificar se o produto pode ser descarregado na atmosfera. Caso não seja permitido, um sistema ativo de supressão de explosão deverá ser provido, assim como o sistema de isolamento, mediante a existência de interconexões ao processo.

Etapa 5: Caso o produto possa ser descarregado na atmosfera, será necessário verificar se o equipamento se encontra em uma área externa (outdoor), sem interferências de outros equipamentos ou próximo à circulação de pessoas. Caso atenda a esses quesitos, a solução poderá ser a aplicação de um sistema de ventilação de explosão, composto por painéis de alívio. Havendo interconexões ao invólucro, o sistema de isolamento de explosão (seja ele passivo ou ativo) também deverá ser providenciado nos dutos ‘contaminados’ interligados ao processo.  

Etapa 6: Caso o invólucro esteja localizado no interior de uma edificação (indoor), verificar se o alívio da explosão pode ser feito para fora da mesma por meio de um duto de alívio. Em caso positivo, a solução poderá ser a aplicação de um sistema de ventilação de explosão, composto por painéis de alívio, porém, o duto deverá obedecer as limitações previstas em norma. Havendo interconexões ao invólucro, o sistema de isolamento de explosão (seja ele passivo ou ativo) também deverá ser providenciado nos dutos ‘contaminados’ interligados ao processo.  

Etapa 7: Não sendo possível utilizar dutos de alívio, verificar se o uso de abafadores de chama é aceitável. Caso seja, a solução poderá ser a aplicação de um sistema de ventilação de explosão, composto por painéis de alívio e abafadores de chama. Havendo interconexões ao invólucro, o sistema de isolamento (seja ele passivo ou ativo) também deverá ser providenciado nos dutos ‘contaminados’ interligados ao processo.  

Etapa 8: Não havendo a possibilidade de utilizar dutos de alívio ou abafadores de chama juntamente com painéis de alívio, a solução de proteção do invólucro será a aplicação de um sistema ativo de supressão de explosão e de isolamento de explosão, mediante a existência de interconexões ao processo. A Digisensor Sistemas de Segurança Ltda, distribuidora exclusiva da Fike no Brasil, disponibiliza a seus clientes a qualidade, tecnologia e confiabilidade das melhores soluções de proteção contra explosão existentes no mercado mundial.  

Riscos de Explosão